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Nefrectomia Parcial Laparoscópica

Nefrectomia Parcial Laparoscóppica

Realizamos uma nefrectomia parcial laparoscópica em nosso paciente e vamos contar como aconteceu. Esse é o  caso de um tumor renal de aproximadamente 2,0 cm. Nosso paciente tem 48 anos de idade, do sexo masculino e descobrimos a presença do tumor na realização de exames de rotina. Isso mostra a importância de acompanhar a saúde de perto e realizar consultas e exames periodicamente.

nefrectomia parcial DR Angelo Campos

Todavia, pairava a desconfiança de que o tumor fosse maligno, então realizamos uma cirurgia chamada nefrectomia parcial – uma  cirurgia  poupadora de néfrons, ou seja, faz-se a retirada do pedaço do rim onde está o tumor deixando a maior parte do rim funcionando evitando maiores complicações para o paciente nas suas funções renais futuras.

Dessa forma, a  cirurgia foi realizada com a técnica laparoscópica, em que são feitas pequenas incisões no abdome do paciente e introduzimos uma câmera que irá mostrar as imagens de todos os órgãos do abdome. Assim, podemos visualizar e separar todo o rim e assim retirar apenas a parte acometida pelo tumor.

Então, o processo é menos invasivo e com cortes menores, o paciente terá menos dores pós-operatória e poderá se alimentar e se locomover de forma precoce. E por fim a alta é mais rápida. O nosso paciente teve alta em 2 dias após a cirurgia.

E a certeza se o tumor era maligno ou não virá através do exame da peça retirada, pelo laboratório de patologia. E mesmo que seja maligno, o paciente já estará curado. Necessitando apenas de acompanhamento.

Concluímos com um dado importante, os tumores renais acontecem entre 7 a 10 pessoas para cada 100 mil habitantes, não é muito comum. Porém, o benefício será se a cirurgia for feita no tempo certo.  Os tumores renais são detectáveis através de exames de imagem (ultrassonografia) e por isso, repetimos o quanto é importante realizar exames médicos periódicos. Procure o seu urologista ou entre em contato conosco.

Nefrectomia

A cirurgia é o principal tratamento para a maioria dos carcinomas de células renais. Mesmo pacientes cuja doença se disseminou para outros órgãos poderão se beneficiar do tratamento cirúrgico. Dependendo do estadiamento e da localização do tumor e de outros fatores, a cirurgia pode ser realizada para a retirada do tumor e de uma parte do tecido renal adjacente, ou de todo o rim. A glândula suprarrenal e o tecido adiposo ao redor do órgão também podem ser removidos.

Os tipos de cirurgia renal são:

 Nefrectomia Radical

Na nefrectomia radical são removidos o rim, a glândula adrenal e o tecido adiposo ao redor do rim. A maioria das pessoas vive normalmente com apenas um rim. Neste procedimento a incisão pode ser feira em vários locais, sendo os locais mais frequentes a parte central do abdome, abaixo das costelas do mesmo lado do tumor ou mesmo nas costas, logo atrás do rim.

Nefrectomia Parcial

Na nefrectomia parcial é removida apenas a parte do rim contendo a doença. Assim como na nefrectomia radical e dependendo da localização do tumor podem ser feitas várias incisões. Atualmente, este tipo de cirurgia é a técnica preferida para pacientes com câncer renal em estágio inicial. Muitas vezes, é realizada para remover tumores únicos entre 4 e 7 cm de diâmetro. Alguns estudos demonstram que, a longo prazo, esse método apresenta resultados similares à retirada de todo o rim.

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Câncer de Próstata – Orientações sobre diagnóstico precoce e prevenção

Conversamos com os urologistas Ângelo Campos, José Lucena, Karla Avelino e André Siqueira, que fazem parte da equipe da UROS, sobre essa doença que só em 2020, terá mais de 65 mil novos casos no Brasil. O diagnóstico precoce é a principal arma para a cura dessa doença.

Novembro é o mês de prevenção ao câncer de próstata. A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda uma consulta anual ao urologista a partir dos 50 anos ou após os 45 para homens que apresentem fatores de risco para a doença.

 

1- O que é a próstata e qual a sua função no organismo?

A próstata é uma glândula presente em todos os homens e localizada abaixo da bexiga e à frente do reto. A uretra masculina passa por dentro dessa glândula para poder levar a urina e o sêmen até o exterior. A função da próstata é produzir uma secreção componente do sêmen, responsável por nutrir e transportar os espermatozoides eliminados no ato sexual.

2 – Quais as principais doenças que acometem esse órgão?

As principais doenças prostáticas são as neoplasias (câncer de próstata), o crescimento benigno (hiperplasia prostática benigna) e as prostatites (infecções bacterianas agudas ou crônicas).

3 – Sobre o câncer de próstata, quais as estatísticas e em que faixa etária ele é mais prevalente?

A estimativa do INCA é que no ano de 2020 ocorram 65.840 novos casos de câncer de próstata no Brasil, com 15.576 novas mortes em decorrência da doença. A incidência do câncer de próstata aumenta com a idade, sendo mais importante sua detecção na faixa dos 50 aos 70
anos, visto que antes dessa faixa etária ele é raro e depois tende a ser menos agressivo (apesar de ser frequente). Cada caso deve ser avaliado de maneira individualizada pelo urologista.

4 – Como prevenir o câncer de próstata?

Não existem maneiras efetivas de prevenção do câncer de próstata. A melhor alternativa é o diagnóstico precoce. Entretanto, existe correlação entre um maior risco de desenvolvimento de câncer de próstata em pacientes com sobrepeso, consumo de álcool e tabaco, maior consumo de carnes vermelhas e gorduras de origem animal, menor ingestão de frutas, verduras, legumes, grãos e cereais. Antioxidantes, como vitaminas A,D, E e carotenos, assim como selênio, parecem desenvolver um papel protetor, diminuindo a incidência do câncer de próstata.

O diagnóstico precoce é a principal arma que temos visando à cura do câncer de próstata.

5 – Sobre o diagnóstico precoce, quais são os exames que devem ser realizados? A partir de que idade? Qual a frequência?

A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda a avaliação anual de rotina para todo homem a partir dos 50 anos de idade ou após 45 anos em caso de apresentar fatores de risco. Deve ser feita uma consulta urológica com pesquisa de fatores de risco, avaliação global do paciente e ao menos a dosagem sanguínea do PSA (antígeno prostático específico) e toque retal.

O segredo de uma vida longa está em cultivar hábitos saudáveis, alimentação balanceada e cuidar do corpo e da alma.

6 – O exame de sangue substitui o toque retal? Porque ainda existe tanto preconceito?

O toque retal ainda é indispensável na avaliação periódica urológica. Cerca de 80% dos tumores prostáticos alteram o PSA, mas 20% dos tumores vão passar despercebidos caso não realizemos um exame de toque retal. A combinação dos dois métodos é o ideal para chegarmos a uma precisão de até 95%. O preconceito ainda existe porque envolve uma temática de questões culturais muito fortes desde épocas muito antigas da nossa sociedade. Felizmente, está cada dia menor e a população está progressivamente mais consciente da necessidade de uma prevenção para uma vida mais longa e saudável. Atualmente, os homens não chegam ao nível de conscientização das mulheres, mas estamos
caminhando a passos largos.

7 – O câncer de próstata tem cura?

O diagnóstico precoce é a principal arma que temos visando à cura do câncer de próstata. Nos estágios iniciais da doença, o índice de cura chega a 90%. Daí a importância de campanhas de conscientização sobre a avaliação periódica urológica de rotina nos homens. Podemos salvar uma multidão de homens todos os anos com medidas simples que vão propiciar o tratamento mais adequado e efetivo a nossos pacientes, sem falar que nessas avaliações são abordados outros aspectos da saúde do homem, como a disfunção erétil e o distúrbio androgênico do envelhecimento masculino, visando sempre uma avaliação urológica mais global dos pacientes.

8 – Qual a orientação para os homens neste Novembro Azul?

O segredo de uma vida longa está em cultivar hábitos saudáveis, alimentação balanceada e cuidar do corpo e da alma. As avaliações médicas
de rotina servem como guias para balizar decisões e orientar os pacientes a plantar essas sementes que serão colhidas aos 70, 80 e 90 anos de idade. Cada vez mais, é importante envelhecer com qualidade de vida e prevenir sequelas e complicações. Não podemos deixar que um
preconceito tolo ou uma suposta falta de tempo nos prejudiquem.

Fonte: Revista Guia Viver Bem 

 

 

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Urologista pode ser a solução para inúmeros problemas femininos.

O urologista também é médico de mulher 

urosrn incontinencia urinaria

Infelizmente pouca gente sabe, e pode ser fundamental para prevenir e curar doenças que atormentam o universo feminino, como bexiga hiperativa, incontinência urinária, cistite e muitas outras. 

As mulheres estão muito suscetíveis a problemas urinários podendo sofrer alterações no sistema urinário durante a gravidez, no parto e quando chegam à menopausa. As infecções (cistites) e incontinência urinária são problemas que afetam ambos os sexos.

Porém, na mulher, a incontinência urinária muitas vezes é entendida como um problema de envelhecimento e, por desinformação, muitas não recorrem aos profissionais da área. Só que ela acomete um número bastante elevado de mulheres em sua fase reprodutiva. Cerca de 30% da população feminina terá incontinência urinária depois dos 60 anos, por exemplo.

Desta forma, a qualidade de vida e a autoestima das pacientes é fortemente afetada, podendo, inclusive, levar à depressão.

urosrn cistite

Alguns dos principais problemas que podem afetar o sistema urinário:

Bexiga Hiperativa:

Transtorno conhecido como a vontade excessiva de ir ao banheiro e que provoca nas pessoas uma vontade incontrolável de urinar. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, aproximadamente duas mulheres para cada homem possuem o quadro da doença. Uma pessoa com Bexiga Hiperativa pode também desenvolver incontinência urinária, problemas de pele e infecções urinárias.

Incontinência Urinária:

É uma doença caracterizada pela perda involuntária de urina. É um problema de saúde comum entre mulheres de meia idade e idosas. Cerca de 30% da população feminina terá incontinência urinária depois dos 60 anos.

Cistite Intersticial:

Também chamada de síndrome da bexiga dolorosa, é a inflamação crônica da bexiga, geralmente muito intensa, que acomete principalmente mulheres com idade de 20 a 60 anos.

Infecção Urinária:

É a presença de microrganismos no aparelho urinário. Pode ser causada por bactérias, fungos e vírus.

Por isso, você mulher que foi diagnosticada com qualquer uma destas doenças, não esqueça de procurar um médico urologista e fazer seu tratamento. Na UROS RN você encontra um corpo clínico preparado para atendê-la. 

 

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Xixi na cama é normal?

Xixi na cama é normal ou enurese noturna é caracterizada quando a criança, atinge uma determinada idade, e  faz xixi na cama durante a noite. Ela é definida como a presença de incontinência urinária em crianças maiores de 5 anos de idade, na ausência de distúrbios neurológicos congênitos ou adquiridos.

A enurese pode ser classificada em primária ou secundária. Na primária, a criança nunca atingiu um período de continência, enquanto na secundária ela atinge pelo menos 6 meses de continência e, depois, volta a apresentar diurese durante o sono da noite.

No caso da enurese secundária, existem diversas causas prováveis: fatores psicológicos, algum evento estressante (nascimento de irmão, divórcio dos pais, abuso sexual) e algumas doenças (infecção urinária, diabetes, apneia obstrutiva do sono, bexiga neurogênica).

É um problema comum, estimado em 7 milhões de crianças nos Estados Unidos. De acordo com um estudo no Reino Unido (2008), pelo menos 20% das crianças no primeiro grau escolar ocasionalmente urinam na cama, sendo 4% delas duas ou mais vezes por semana.

Quanto mais tempo a enurese noturna persiste, menores as chances de resolução espontânea. É mais comum em meninos do que meninas, na proporção de dois meninos para cada uma menina. Na adolescência, essas proporções se equivalem.

A taxa de resolução espontânea da enurese noturna é de aproximadamente 15% ao ano, bem como apenas aproximadamente 1% dos adolescentes permanecerão com o problema.

Está relacionada a uma imaturidade da função urinária, envolvendo três setores: cérebro, bexiga e rim. Ou seja, o cérebro não reconhece a necessidade de acordar para urinar; a bexiga fica com uma capacidade funcional diminuída à noite além de contrações involuntárias que provocam a saída da urina; e o rim se torna maior produtor de urina à noite (poliúria noturna).

Ao avaliar uma criança com enurese, é importante realizar um diário miccional. Por meio dele, registram-se as quantidades de líquido ingeridos durante o dia e a noite, bem como os horários das micções, a quantidade de urina eliminada e eventuais sintomas urinários. Isso permitirá ao urologista um melhor diagnóstico do caso, ajudando a diferenciar a enurese noturna de outros transtornos urinários.

O tratamento da enurese noturna inclui modificações comportamentais (através do reforço dos pais em orientar a criança), algumas medicações e um sistema de alarme que acorda a criança durante o episódio de perda urinária. Doces e café devem ser evitados, particularmente à noite. Líquidos devem ser dados preferencialmente pela manhã e à tarde, diminuindo à noite.

Os pais, juntamente com a criança, devem estar motivados para o tratamento e não se deve criar um sentimento de culpa na criança pelo problema, bem como não se deve aplicar punições pela perda de urina à noite.

Se o seu filho ou filha está com esse tipo de transtorno, é interessante agendar uma avaliação com um urologista pediátrico, assim permitindo uma adequada avaliação clínica, solicitação de exames se necessário e explicando a melhor alternativa de tratamento.

Fonte: Campbell-Walsh Urology, Eleventh Edition, ISBN: 978-1-4557-7567-5, International Edition, ISBN: 978-0-323-34148-6.
Wein, Alan J.; Kavoussi, Louis R.; Partin, Alan W.; Peters, Craig A.. Elsevier Health Sciences.
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