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Quais doenças são tratadas pelo urologista pediátrico?

O urologista pediátrico atende à crianças e adolescentes. Na urologia pediátrica, existem várias doenças específicas dessa faixa etária, muitas vezes bem diferentes do que ocorre nos adultos. A sua atenção se volta para meninos e meninas, tanto no aparelho urinário como no aparelho genital.

Como exemplo, podemos citar:

  • – Dilatação do aparelho urinário (ureterohidronefrose), devida a estenose (estreitamento) da junção pieloureteral (JUP), refluxo vesicoureteral, megaureter congênito.
  • – Válvula de uretra posterior (VUP), um estreitamento da uretra que traz dificuldade de urinar em meninos.
  • – Hipospádias, que ocorrem quando a uretra (canal por onde sai a urina) não desemboca na ponta do pênis (na glande).
  • – Fimose, quando o menino não consegue puxar a pele do pênis (prepúcio) para expor a glande.
  • – Disfunção miccional, quando a criança apresenta dificuldades de micção, podendo haver incontinência urinária, constipação associada, urgência para fazer xixi.
  • –  A enurese noturna é caracterizada quando a criança, atinge uma determinada idade, e  faz xixi na cama durante a noite. Ela é definida como a presença de incontinência urinária em crianças maiores de 5 anos de idade, na ausência de distúrbios neurológicos congênitos ou adquiridos.
  • – Orquidopexia, cirurgia para corrigir quando um ou ambos os testículos não se apresenta na bolsa testicular (escroto) ao nascimento.
  • – Mal-formações congênitas em geral do aparelho urinário e genital de ambos os sexos.

Ainda existem vários outros problemas, que não vamos citar agora para não se estender muito.

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Xixi na cama é normal?

Xixi na cama é normal ou enurese noturna é caracterizada quando a criança, atinge uma determinada idade, e  faz xixi na cama durante a noite. Ela é definida como a presença de incontinência urinária em crianças maiores de 5 anos de idade, na ausência de distúrbios neurológicos congênitos ou adquiridos.

A enurese pode ser classificada em primária ou secundária. Na primária, a criança nunca atingiu um período de continência, enquanto na secundária ela atinge pelo menos 6 meses de continência e, depois, volta a apresentar diurese durante o sono da noite.

No caso da enurese secundária, existem diversas causas prováveis: fatores psicológicos, algum evento estressante (nascimento de irmão, divórcio dos pais, abuso sexual) e algumas doenças (infecção urinária, diabetes, apneia obstrutiva do sono, bexiga neurogênica).

É um problema comum, estimado em 7 milhões de crianças nos Estados Unidos. De acordo com um estudo no Reino Unido (2008), pelo menos 20% das crianças no primeiro grau escolar ocasionalmente urinam na cama, sendo 4% delas duas ou mais vezes por semana.

Quanto mais tempo a enurese noturna persiste, menores as chances de resolução espontânea. É mais comum em meninos do que meninas, na proporção de dois meninos para cada uma menina. Na adolescência, essas proporções se equivalem.

A taxa de resolução espontânea da enurese noturna é de aproximadamente 15% ao ano, bem como apenas aproximadamente 1% dos adolescentes permanecerão com o problema.

Está relacionada a uma imaturidade da função urinária, envolvendo três setores: cérebro, bexiga e rim. Ou seja, o cérebro não reconhece a necessidade de acordar para urinar; a bexiga fica com uma capacidade funcional diminuída à noite além de contrações involuntárias que provocam a saída da urina; e o rim se torna maior produtor de urina à noite (poliúria noturna).

Ao avaliar uma criança com enurese, é importante realizar um diário miccional. Por meio dele, registram-se as quantidades de líquido ingeridos durante o dia e a noite, bem como os horários das micções, a quantidade de urina eliminada e eventuais sintomas urinários. Isso permitirá ao urologista um melhor diagnóstico do caso, ajudando a diferenciar a enurese noturna de outros transtornos urinários.

O tratamento da enurese noturna inclui modificações comportamentais (através do reforço dos pais em orientar a criança), algumas medicações e um sistema de alarme que acorda a criança durante o episódio de perda urinária. Doces e café devem ser evitados, particularmente à noite. Líquidos devem ser dados preferencialmente pela manhã e à tarde, diminuindo à noite.

Os pais, juntamente com a criança, devem estar motivados para o tratamento e não se deve criar um sentimento de culpa na criança pelo problema, bem como não se deve aplicar punições pela perda de urina à noite.

Se o seu filho ou filha está com esse tipo de transtorno, é interessante agendar uma avaliação com um urologista pediátrico, assim permitindo uma adequada avaliação clínica, solicitação de exames se necessário e explicando a melhor alternativa de tratamento.

Fonte: Campbell-Walsh Urology, Eleventh Edition, ISBN: 978-1-4557-7567-5, International Edition, ISBN: 978-0-323-34148-6.
Wein, Alan J.; Kavoussi, Louis R.; Partin, Alan W.; Peters, Craig A.. Elsevier Health Sciences.
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